segunda-feira, 29 de julho de 2013

O tdah e o preço pago para não fracassar

É impressionante como o esforço mental contínuo me torna extremamente ansiosa.
Tem sido assim desde q o "Hitler da adequação" surgiu para me salvar do fracasso escolar e me atirar as doenças que esse sacrifício exigia.
Desde a faculdade tenho vivido assim: trocando, inconscientemente, vitórias por doenças.
O pior é que sequer tenho a sensação de ser vitoriosa, sinto que não fiz mais que cumprir obrigações. Pois, toda vez que surgem oportunidades de emprego não posso agarrá-las: já estou exausta e doente demais para aproveitá-las.
Não é justo!
E, atualmente, não tem sido diferente... comecei um curso de mestrado em direitos coletivos e cidadania, estou amando e odiando ao mesmo tempo.
Amo estudar os assuntos do curso, que vem ao encontro de tudo que já venho refletindo há algum tempo.
Mas, odeio ter que fazer um monte de resenhas críticas, artigos de opinião, seminários etc. Isto tudo me deixa exausta e muito ansiosa... e como se tudo isso fosse pouco, nesse ínterim tenho que buscar forças para não adoecer ainda mais...
É muito difícil ver e sentir que o nosso corpo está pedindo ajuda e não conseguirmos socorrê-lo.
Minha psicóloga diz que grande parte desse meu sofrimento é gerado pelo alto padrão de qualidade que me obrigo a atingir, mas será? Nada do que fiz até hoje é excepcionalmente brilhante, então que qualidade é esta?
Só queria ser capaz de usar meu potencial sem ficar esgotada ou adquirir novas doenças...
Querer e saber que o nosso limite nos impede de chegar é muito cruel e ter que exigir dos estabelecimentos de ensino uma forma diferente de avaliar os portadores de tdah é um direito, mas cade a coragem para enfrentar o preconceito?


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