sábado, 18 de abril de 2015

TDAH e o "sequestro da subjetividade"

Há algum tempo (porque começo e paro kkkk) estou lendo um livro chamado "quem me roubou de mim" do Padre Fábio de Melo e uma parte me chamou bastante atenção:

"É preciso estar emocionalmente amadurecido para que sejamos capazes de nos opor aos que ameaçam nossa subjetividade. Porque a imaturidade nos faz pensar que deixaremos de ser amados se não fizermos o que os outros esperam de nós."

Vi nesta frase o grande dilema sempre presente na minha vida e, acredito que o da maioria das pessoas que tem TDAH: faço o que eu quero e causo desgosto, raiva e reprovação dos que amo; ou faço o que esperam que eu faça e pelo menos fico livre de críticas injustas?
É claro que não devemos fazer só o que querermos, mas o fato é: o excesso de críticas que recebemos ao longo da vida pode apagar nossa essência. De uma forma ou de outra associamos a correção (entre certo e errado) de nossas atitudes com as expressões faciais positivas das pessoas ou com palavras de aprovação.
Ai que, para nós que temos TDAH, vem o problema, pois vimos muitas caretas e críticas em momentos que somente estávamos agindo conforme nossa essência, por exemplo, muitos atos analisados como errados socialmente eram inevitáveis para nós. Resultado: CRIAMOS A FALSA VERDADE que somos inadequados e que o certo é trancafiar nossa essência, a qual por ignorância foi apelidada com nomes nada agradáveis: preguiçosa, burra, rebelde etc.
Então, meus amigos, nos resta resgatar nossa subjetividade e amá-la com toda nossa força, para que independentemente da reação alheia, possamos ter certeza que somos amados pela pessoa que mais importa: nós mesmos.
Isso liberta e melhora muito nossa convivência com os demais, porque esta deixa de ser o CONSTANTE FARDO DE NEGAR-SE.

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